quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Razões para Trair



Começo a me preocupar: ando muito fora da moda! Explico.

Conversavam duas jovens em ambiente público, em alto e bom som, de modo que mesmo que não desejasse, seria impossível deixar de ouvi-las. De qualquer maneira, não pareciam preocupadas com o fato de estarem sendo ouvidas – por mim e por meio mundo – afinal, o assunto não era sigiloso: falavam sobre traição.

Importante salientar que não era um simples falar sobre infidelidade: a morena contava para a loira os detalhes de sua última aventura. Dava dicas de como despistar o marido desconfiado, parecia muito experiente no assunto. A loira, por sua vez, só faltava anotar as orientações dadas pela amiga, tão interessada estava nos passos para uma traição bem-sucedida.

Fiquei imaginando o traste com o qual a morena devia ser casada, quem sabe um alcoólatra violento, ou então um desses preguiçosos que dorme o dia inteiro enquanto a mulher sustenta a casa... Então ela, parecendo adivinhar meus pensamentos, descreveu o homem: “Ele é muito bom pra mim, sabe fulana. Chega do trabalho e organiza a casa, dá banho nas crianças, para quando eu chegar poder descansar e só olhar a novela, que não perco por nada, né!” Que coisa terrível, pensei eu, deve ser o próprio inferno ser casada com alguém assim!

Claro que ela tinha argumentos convincentes, justificativas muito fortes e válidas para uma traição: ele não era romântico o suficiente, dava flores só de vez em quando, e, o que me comoveu, não era capaz de ler seus pensamentos durante  as 24h do dia! De fato, um homem assim não merece o respeito de uma mulher, imperdoável entrar para um relacionamento sem antes ter adquirido uma bola de cristal... Pobre morena nas mãos desse ser decaído!

A loira concordava com tudo, dava para perceber a empatia com o sofrimento da morena. Mulher nenhuma merece um homem assim, afinal! A categoria tem mesmo que se unir, não vejo outra opção...

Que ninguém pense mal da morena, por favor, ela era seletiva: informou à amiga que não saía traindo assim por aí... Só quando percebia que o lance valia a pena. Se alguém pensou em benefícios financeiros, que coincidência, pensei também... Um motivo e tanto para trair! Pelo menos para mulheres que tem um preço...

A essa altura, quem julgou conveniente ser seletiva fui eu: saí de perto daquelas mulheres. Estava enojada com sua conversa, sinceramente. Há um tempo atrás, havia pelo menos um mínimo de vergonha na cara, as pessoas mantinham em secreto suas traições, escondiam a sujeira debaixo do tapete. Hoje poluem nossos ouvidos com o lixo de sua história pessoal, como se fôssemos obrigados a ouvir e achar bonito, em nome da liberdade de expressão.

Não precisa ninguém vir me dizer que a atrasada e démodé sou eu, já percebi para que rumo correm as tendências. Sigo convicta em direção oposta. Não aceito falta de romantismo como justificativa para a traição. E muito menos aquela história repetida de que a relação estava desgastada. Por acaso a infidelidade acrescenta novas emoções ao relacionamento? As delegacias estão cheias de respostas para essa pergunta, todas resumidas num mesmo tipo de crime: passional. Não apenas forte, violenta a emoção!

Para mim, traição é sinônimo de covardia; infidelidade  infere falta de caráter. Homens e mulheres íntegros não traem e não se vangloriam da astúcia de enganar seus companheiros. Diante de problemas no relacionamento, buscam o diálogo pacífico e a solução mais adequada para ambos – seja ela a reconstrução do casamento ou o divórcio.

 Trair é a atitude mais estúpida e mais indigna que conheço!
Suzy Rhoden 

33 comentários:

  1. Que pena! E que diálogo ouviste,heim? Não é mais fácil se afastar quando não há amor? Creio que sim. Pena isso, pois perde o amor, mais uma vez! beijos,lindo feriadão,chica

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    1. É Chica, uma pena mesmo! Uma pena que as pessoas tenham tão pouca consideração umas com as outras, que brinquem com os sentimentos alheios como se estivessem simplesmente experimentando uma nova modalidade de esporte... Perde o amor, perdem as pessoas envolvidas, inclusive os filhos, inocentes na situação!

      Beijo, minha querida!

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  2. Acho que também estou fora de moda, brega! Não há razão nenhuma para se trair. Uma coisa não justifica a outra. Penso que as relações humanas e afetivas precisam ser mais honestas, menos covardes e loucas. Sempre pensei assim desde criança. Quando não se gosta, que se termine a relação, o namoro ou casamento, mas usando de toda a ética e moral.

    A dor de uma traição não tem preço. Atitudes assim, sempre tem volta: a revolta, o sofrimento e o desprezo. Suzy, abomino essas conversinhas entre amigas. Coisas de casal, se resolvem em casa – entre os interessados. É uma questão de consideração. E inteligência.

    Você toca num assunto inesgotável, tão real, e parece que quanto mais cavoucarmos, mais sujeira aparece! É o ser humano, amiga! Mas tem a história do joio e do trigo: há pessoas e pessoas.

    Esses assuntos nos instigam muito a falar. É o ser humano e sua essência que nos provocam a uma reflexão quase que diária. Mandou muito bem.

    Grande beijo!

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    1. Tais, penso exatamente como você! Reclamar do marido para as amigas é o pior erro que uma mulher pode cometer, pois a outra dificilmente será imparcial ou sensata, dará pitacos considerando apenas metade dos fatos! Muitos divórcios e traições nascem aí, no desabafo com a pessoa errada. Depois vem o arrependimento, o remorso. Mas tem como juntar o leite derramado? O velho e sábio ditado faz muito sentido nessas questões, depois de feito o estrago os remendos apenas pioram! E, como você pontuou, tem volta: remorso, depressão, desprezo. Mesmo recebendo o perdão do outro e do mundo, acredito que a batalha da consciência com o travesseiro é cruel e impiedosa. Aquilo que é uma aventura, um modismo hoje, amanhã serão lágrimas e um vazio inesgotável.

      Sempre é um prazer tê-la aqui, minha amiga! Beijos.

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  3. Olá Suzy,

    Sua crônica é excelente. Também me considero "démodé" nesta área.
    Quem ama, não trai. E quem já não não ama, é melhor se separar antes de magoar e ferir um companheiro. Somente a falta de caráter e de consideração e respeito é capaz de levar a uma atitude tão leviana. Mais inconsequente ainda é falar sobre o assunto em público e sem o menor pudor.

    Adorei passar por aqui.

    Ótimo final de semana.

    Beijo.

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    1. Vera Lúcia, que bom receber sua visita!

      Fico feliz em saber que não sou a única "démodé". Num mundo que aceita tudo, me alegro em saber que ainda existem pessoas que prezam os bons costumes e que não tem vergonha de se pronunciar contrárias a esse modismo que banaliza as relações.

      Gostei demais de seu comentário, volte sempre que desejar!

      Beijo.

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  4. Suzy, esse diálogo diabólico ouvido por você tem se tornado comum ultimamente, como já não bastasse a canalhice da traição agora ainda tem que ser divulgada e ostentada como um troféu. Confesso que me sinto entristecida com o rumo que os casamentos estão tomando, a cumplicidade, lealdade, fidelidade estão esquecidas e o respeito mútuo está se tornando uma raridade. Que possamos permanecer firmes no exemplo de união duradoura, fundamentada nos princípios religiosos, assim nossos filhos terão um exemplo a seguir.
    Seu texto é um primor Suzy, parabéns!

    Beijos

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    1. Néia, eu sinto a mesma tristeza quando penso no rumo das relações descartáveis do futuro. Haverá segurança nos relacionamentos? Ou essa história de "ninguém é de ninguém" ganhará forças, fazendo com que todos traiam sem sequer sentirem peso na consciência? De fato, casais fieis são raridade, são ETs em nossa atualidade. O moderno é trair, experimentar novas emoções e gabar-se delas. Realmente, diálogo diabólico foi aquele que ouvi!

      Sempre bom tê-la aqui, beijão.

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  5. Acredito ainda em pessoas de boa índole,mas lendo tua crônica deparo-me com aquilo que sinto nesse grande oba oba que virou o mundo do sexo,acredito até,que nem sintam prazer,e ainda mais,existem mulheres que já nascem queimando seus últimos cartuchos...
    Sem palavras,você disse tudo!

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    1. Izildinha, que bom receber sua visita!
      Da mesma forma que você, ainda acredito no ser humano. Existem pessoas com princípios, com valores firmemente estabelecidos, que não se deixam levar como a onda pelo vento, para lá e para cá. Infelizmente, porém, a grande maioria partilha desse oba oba mencionado por ti, um estilo de vida vazio cujo lema é "ninguém é de ninguém". Uma pena, não é?

      Beijos, até a próxima!

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  6. Suzy!

    Há poucos dias falávamos por email sobre filhos e casamentos duradouros. Debatemos num diálogo salutar sobre a importância de se manter fortes os laços familiares. Disse-lhe que por vezes recebo olhares enviesados ao afirmar que acredito que casamentos podem, sim, durar para sempre. E que transmiti aos meus filhos essa forte convicção.

    Essa crônica é o endosso do que vc já me disse por email. Por isso mesmo, tenho muito orgulho em ter vc como amiga!

    Também já passei pela infeliz experiência de ouvir uma conversa desse ‘naipe’, e confesso que o sentimento mais forte que senti foi uma profunda tristeza... Tristeza de saber que o melhor da vida está sendo jogado na lata do lixo. Descartado como obsoleto, inútil.

    O admirável é que não basta só a traição, há de se falar dela em público como grande feito. Já até criaram uma site especializado em traição segura para casados. É só se cadastrar para contatar um ou mais parceiros sem levantar suspeitas. Nem preciso dizer que há milhares inscritos. Maravilha! Um negócio promissor!

    Também não vou dizer que penso que a degradação da instituição familiar é a principal causa do aumento da criminalidade e delinquência no mundo todo! Dizer pra quê? Ninguém vai acreditar mesmo...

    "Trair é a atitude mais estúpida e mais indigna que conheço" - Frase que merece aplausos!

    Bjo grande amiga, mandou muito bem seu recado!

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    1. Oi, Sueli, você pode dizer que acredito sim! Sobre o tal site, já escrevi sobre ele, que loucura!! Sociedade cada vez mais podre, oferecendo e fazendo o lixo do mundo. A verdade é que, pelas estatísticas vindas de Brasília, os casamentos hoje duram em média 3 anos. Por que será??? Os valores são outros, amiga! Hoje ninguém aguenta o nariz torto do outro: já é motivo de separação!

      Beijos pras duas!!
      Falamos depois.

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    2. Queridas Sueli e Tais,

      Já ouvi sobre o tal site e sobre o sucesso que ele faz, de fato um negócio promissor! A tendência natural é essa, somos atraídos para o proibido. Aí é que entram os princípios e separam uns e outros: não nos interessa o proibido, o efêmero e o devasso porque escolhemos o duradouro, fundamentadas em valores que herdamos da família ou que agregamos ao longo da vida. Por essa razão, Sueli, concordo integralmente com sua afirmação de que "a instituição familiar é a principal causa do aumento da criminalidade e delinquência no mundo todo". Pessoas sem valores tendem a burlar também as regras de trânsito, os códigos de ética e moral e as próprias leis do país, ou seja, mais criminalidade em nosso meio. Pessoas bem estruturadas, equilibradas emocionalmente e seguras de si não precisam experimentar o proibido, reconhecem e rejeitam imediatamente a "tentação". Sua fidelidade decorre de convicção pessoal e, consequentemente, não são facilmente influenciadas por opiniões de terceiros.

      Compartilhamos da tristeza de ouvir conversas como a que transcrevi, mas por outro lado experimentamos a alegria genuína de acreditar no permanente e no duradouro. Enquanto alguns banalizam as relações, aqui estamos nós dizendo que há alegria e realização na vida familiar, no respeito e na consideração pelo cônjuge. E se depender de nós e de nossos ensinamentos a nossa posteridade, continuaremos contrariando as estatísticas atuais (3 anos de casamento), indiferente aos olhares enviesados e aos narizes tortos que surgirem por aí.

      Bom demais tê-las por perto, trazendo sua valiosa opinião acerca dos mais polêmicos assuntos. Vocês são ótimas, amigas adoráveis! Beijos.

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    3. Grande verdade amiga!

      Mas, retifico meu comentário: psicólogos, estudiosos, etc. culpam a desigualdade social como a maior causa da delinquência. Divulgam isso aos quatros ventos e a sociedade engole como verdade absoluta. Às vezes tenho a impressão que sou a única a achar que a degradação da família, na sua forma tradicional é a vilã da história... Sempre acreditei que a família é a base para se criar cidadãos decentes. Foi isso que quis dizer. Certamente fico aliviada em saber que não estou só nessa minha tese.

      Bjão.

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  7. Oi, primeira visita ao seu blog!
    Esse tema de traição... Olha, me revolta! Serio! Porque eu acho que nada, mas nada justifica!
    voce mesma colocou "Fiquei imaginando o traste com o qual a morena devia ser casada, quem sabe um alcoólatra violento, ou então um desses preguiçosos que dorme o dia inteiro enquanto a mulher sustenta a casa"... Bom, se ela era casada com alguém assim, então que se separasse, ne? o erro do marido nao vale o erro dela... E ainda pior quando a mulher me solta que o marido dela era um homem bom! como assim, ne?
    Acho trair uma atitude baixa, covarde! Mesquinha e egoísta...

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    1. Oi Luana, bem-vinda ao blog!

      Você deve ter percebido a ironia presente no trecho que você transcreveu, no qual utilizo a palavra traste, pois é uma desculpa comum para trair... tanto pior agir com tal conduta em relação a um homem dedicado à família! No fim das contas, temos exatamente o mesmo posicionamento: não existem razões aceitáveis para a traição! Nem mesmo o alcoolismo ou a violência doméstica, pois antes de trair é preciso dar o passo da separação caso não exista qualquer possibilidade de reconciliação. A frase com a qual encerro o texto define perfeitamente o que penso: "Trair é a atitude mais estúpida e mais indigna que conheço!"

      Gostei muito de sua presença aqui e de sua opinião firme no assunto,um abraço!

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  8. Olá Suzy,

    Obrigada pela atenção de ter retribuído a minha visita.
    Voltar aqui para agradecer acabou sendo proveitoso, pois tive a oportunidade de conhecer mais opiniões a respeito.
    Concordo com a Sueli em relação à importância da instituição família no seio da sociedade. É ela, a verdadeira família, que transmite valores e formam cidadãos de bem.

    Ótimo dia para você.

    Beijo.

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    1. Obrigada, Vera Lúcia! O prazer foi todo meu de ter estado em seu blog, aguarde novas visitas conforme o tempo me permitir :)

      Alegro-me em saber que mais pessoas acreditam na instituição família, contrariando o que muitos estudiosos dizem por aí, rebaixando o valor de uma família tradicional na vida de uma criança em formação, por exemplo. Concordo em tudo com você e com Sueli!

      Beijos, volte sempre.

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  9. Concordo e assino embaixo. Acho imoral, inexplicável.
    Discutia esse assunto esses dias por aqui, prosaicamente, acerca do fotógrafo da novela Guerra dos sexos, a defesa qui era que a mulher dele é chata, sim e daí?...Argumento horroroso: Ela merece.
    Para mim traição é uma sacanagem, uma escrotidão, seja porque, como, entre marido e mulher, namorados, de um mês ou de uma vida. Me sinto uma ET nesse mundo de hj onde pregasse ser comum, onde estufa-se o peito e se diz que ninguém é de ninguém.
    Eu me declaro fora de moda e não quero fazer parte do senso comum, sinto-me mto bem obrigada preservando esse e outros hábitos e condutas morais.

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    1. Oi Tina! Não é de hoje que me revolto contra as novelas, especialmente as globais, pois apresentam mocinhos que traem, mas a culpa não é deles, é do parceiro; são violentos e vingativos, pois tem motivos para isso... Ou seja, os valores nas novelas estão completamente invertidos, o mocinho é justificado em tudo de errado que faz, pois o outro "mereceu". Argumentos horríveis, estímulo para os infiéis de plantão.

      Bom estar fora da moda quando a moda é isso, não é Tina Bau Couto?

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  10. Oi Suzy,

    Que diálogo este hein!!!
    Te leio e fico aqui pensando nos argumentos da moça. Ela pelo menos deveria ter tentado um diálogo com a esposo... Mas pelo que pode ser analisado ela preferiu caminhar por outros rumos....

    Triste demais saber que existem situações assim e pior que não há pudor. Também ouvi uma conversa assim em um coletivo, mas era de um home falando pra uma amiga que traía a esposa. Senti a mesma coisa que você. Penso que a honestidade é o primeiro passo para ter a consciência limpa na vida.

    Um beijo enorme pra ti!

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    1. Realmente, hoje em dia não há pudor. As pessoas falam sobre suas traições como quem fala do passeio em família no fim de semana: tudo absolutamente normal! Não basta trair,é preciso contar, divulgar o feito, como se fosse louvável. Acho ridículo! Penso que pessoas com essa visão de mundo não merecem confiança em nenhum relacionamento, inclusive no profissional: se não são leais e honestas na vida pessoal, por que serão na empresa em que trabalham? Você está certíssima,honestidade é o primeiro passo para uma consciência limpa. O problema é que, hoje em dia, poucos se importam com o que a consciência dita...

      Beijão pra ti também, bom demais tê-la por aqui!

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  11. Estou aqui denovo comentando,por que adoro esse blog,bom demais,muito bom msm!!!!!!me recomendaram e até hj acompanho,mais ai queria tirar uma duvida sera que esse site é bom http://detetive-particular.com to precisando de fazer uma investigação hehe ? se alguem souber me falar,e continue com mais post!! fuuuuuuuuui

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  12. Suzy, achei muito legal sobre o que escreveu. Adorei a ironia, até ri nessa parte e consegui ver que no meu dia-a-dia do transporte público (lugar com alta propensão para esse tipo de assunto) rola solto altos papos sobre coisas que antigamente eram vergonhosas de se dizer assim numa conversa informal.
    Agora falando de traição, convenhamos, falta de romantismo?! Me poupem essas duas, vai. Se o dito cujo quebra com o romantismo do relacionamento, o que a traição faz? Me desculpem, mas eu repudio totalmente e acho imperdoável principalmente quando o diálogo, mesmo que resolutivo, possa dar conta da situação. É preferível que se rompa com o relacionamento a trair um(a) companheiro(a).
    Ninguém tem a obrigação de aguentar uma falha de um relacionamento. Mas tem o dever, consequente da escolha de um ato matrimonial (ou não), de ser fiel e se preciso, tomar as providências necessárias sem que se quebre a fidelidade do casal.
    Não há um pingo de vergonha na cara de se usar a técnica dos fins justificando os meios! Ah, humanos...!

    Um abraço, Suzy!

    (E perdão pela demora...)
    rs

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    1. Oi Fellipe! Já estava sentindo sua falta... rsrsrs

      Que bom que veio e deixou sua opinião,muito firme,muito segura acerca do tema traição. O transporte público fornece inspiração diária para nossas crônicas, não acha? Pois a conversa rola solta, sem qualquer pudor, nos mais diversos assuntos... Essa conversa que relatei, por exemplo, mostra bem a realidade: traição é algo comum, praticamente normal em nossos dias. Fala-se em infidelidade como quem fala do que comeu no jantar ontem... tudo muito natural. Por causa disso, a minha ironia.Não consigo aceitar essa falta de valores que me rodeia, esse banalizar da instituição mais séria de todas, que é a família. Realmente, faltou vergonha na cara para minhas protagonistas!!!

      Abraço pra você também, Luís Fellipe, até a próxima.

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    2. Com toda certeza, os transportes públicos são espaços com uma variedade tão grande de pessoas que encontramos pautas infinitas pelo preço de R$ 3,00 a cada viagem! rsrs

      Uma pena que muito do que escutamos revela o rumo que as coisas estão tomando... Falou-se em liberdade um dia e escutou-se "falta de bom senso", não é possível!

      Abraço!

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  13. Eu confesso que estou sempre fora de moda, na verdade sempre estarei, pois não consigo aceitar tantas coisas que a cada dia que passa vem sendo mais e mais permissível.
    Assino embaixo de tudo o que explicou aqui.
    Abraços

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    1. Oi Malu!

      Fazemos questão de estar fora de moda, não é mesmo? Também contesto a permissividade, o mundo ainda não se deu conta dos problemas que está criando com esse "relativizar" dos valores e dos padrões de moralidade. Infelizmente, traição já é considerado algo normal, que pode acontecer até nas melhores famílias... que absurdo, não é? Quando passamos a permitir o "pode acontecer",abrimos portas para a degradação e abrimos mão daquilo que até então era um princípio.

      Abraços pra você também!

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  14. Olá Suzy,

    Vim agradecer sua visita e desejar-lhe um ótimo final de semana.
    Passei em sua postagem "Casados com a solidão" e deixei lá o meu comentário.
    Obrigada pela gentileza e carinho da visita.

    Beijo.

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    1. Obrigada,Vera! Para você também, um lindo fim de semana!!! Beijos.

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  15. Olá, Suzy... Tudo bem? Espero que sim. Olha, este é meu primeiro comentário aqui neste seu espaço. Li atentamente o post e também a maioria dos comentários acompanhantes. Fiquei feliz com a sua postura e também com a dos demais leitores. É triste, muito triste o tipo de comportamento descrito por você em seu texto. Mais triste ainda imaginar que tal conduta não seja a exceção, mas provavelmente a regra... Espero que aqueles que se envolvem em tais práticas repensem suas atitudes, seu comportamento e que acima de tudo meditem no que vem a ser o amor, o verdadeiro amor... E que não apenas tais pessoas, mas que nós também possamos estar continuamente olhando para dentro de si mesmo e sempre se preocupando em aperfeiçoar o nosso amor, nosso mais terno sentimento pela pessoa amada... Parabéns pelo seu blog, tornei-me admirador... Cuide-se bem.

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    1. Olá Geraldo! Tudo bem, sim, e com você? Fico feliz que tenha se sentido à vontade no blog, agradeço o precioso comentário que compartilhou aqui. Realmente, a palavra "triste" define bem o que sentimos quando vemos coisas assim acontecendo ao nosso redor, como se fossem o padrão, o normal, o natural. Poucas pessoas estão firmemente decididas a não trair hoje em dia, para a maioria isso não é um princípio de vida, não traem até que não aparece a oportunidade. De fato, manter vivos o amor e o respeito em nossos relacionamentos é a chave, temos que cuidar para não cairmos nas armadilhas da modernidade.

      Sinta-se bem-vindo a este espaço, retorne sempre que puder.Um abraço!

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