segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Uma História de Amor



Falar de amor é fácil. Uns falam, outros escrevem, cantam, declamam... Eu diria que é o assunto mais comum de toda nossa literatura, a inspiração que nunca cessa para novas canções, o sentimento mais explorado e que já perambulou por todos os lábios. Mas viver um amor – vivê-lo na sua plenitude – é coisa para poucos.

“Te amo” hoje em dia equivale a “me passa o açúcar”. Seu prazo de validade não ultrapassa o café-da-manhã em muitas situações. O verbo amar deixou de ser intransitivo na prática, para exigir um complemento: Te amo...

...Se me levar pra jantar esta noite, no restaurante mais caro da cidade, e me cobrir de jóias, e me proporcionar uma vida glamorosa!

...Se tivermos a mesma opinião, porque se for necessário dialogar até chegarmos a um consenso, é desgastante demais para mim.

...Se lembrar da cor do esmalte que eu usava, na primeira vez que cortei 1 cm do cabelo, depois que nos conhecemos, pois um esquecimento desses é imperdoável num homem!

E mais um milhão de “ses”. É condicional, na mesma proporção em que é superficial. Que importa o conteúdo, afinal? Importa o que os olhos veem – os nossos, e os olhos daqueles a quem queremos fazer inveja com nossa nova aquisição sentimental. Às vezes, penso que os casamentos de hoje são exatamente isso: a compra de um produto. Ao sinal do primeiro defeito, não se perde tempo com consertos: troca-se. Inclusive, para facilitar a troca – ou seria a sonegação? – nem recibos se usam mais: quantas pessoas ainda valorizam o clássico “casar de papel passado”?

Por isso acredito que viver um amor de verdade é para poucos. Pois além de envelhecer lado a lado, é preciso fazê-lo com qualidade na relação. Sem um tirano e um subjugado, sendo ambos livres e, justamente no exercício de sua liberdade, continuando a escolher diariamente a companhia um do outro.

Além disso, estamos sujeitos às intempéries da vida e ocasionalmente teremos que enfrentar as provas de fogo que a existência terrena trará: o que fazer se o companheiro adoecer gravemente? E se ele cometer um deslize “imperdoável”, mas mostrar frutos dignos de verdadeiro arrependimento? E se ele falir nos negócios e alterar completamente o padrão de vida até então ostentado? Ou se for imputada a ele falsa acusação, colocando em cheque sua integridade e sua reputação?

Alguns responderão com um retumbante FICAR AO LADO DELE! Mas seguem as perguntas:  um “permanecer” motivado pela caridade, uma simples resignação , ou uma firme e inquestionável decisão da mente e do coração,  um querer estar ali, com aquele ser amado?

Tão fácil falar de amor quando se é jovem e esbelto. E quando a primavera da vida der lugar ao outono? Quando as folhas começarem a cair, dando os sinais de que se aproxima uma nova estação...

Tão fácil falar de amor quando se tem um corpo sadio, sem deficiências ou limitações. E quando o companheiro sofre um acidente que lhe tira alguns movimentos, que o coloca em algum nível de dependência? Claro que muitos permanecem. Mas mostram em cada gesto que estão ali por mera obrigação, contra sua vontade, numa cruel resignação.

São poucas as histórias de amor que tenho para contar. Mas existem e precisam ser compartilhadas, como um lembrete de que a adversidade não serve como justificativa para o fim de um relacionamento:  só deixa de amar quem condiciona o amor!

Há algum tempo, conheci o Flávio e a Juliana. Lindos, ativos, cheios de planos e de sonhos. Seu amor frutificou, vieram o Vitor e a Carolina. E um dia, no auge de suas conquistas, veio também o AVC da Juliana. O corpo, tão belo, ficou limitado em seus movimentos. A voz desapareceu quase por completo. A atividade foi substituída pela reclusão a uma cama, no máximo a uma cadeira de rodas.

Até aqui, a história é conhecida de muitos – seu caso não é exclusivo. O capítulo ao qual me refiro, porém, é um que li com meus próprios olhos, durante visita que lhes fiz certo dia: os olhos de marido e mulher demonstravam a cada instante a profundidade de seu amor! Não senti qualquer necessidade de palavras entre eles. Ela, com muito esforço e auxílio de uma fonoaudióloga, consegue pronunciar monossílabos atualmente, os quais são amplamente comemorados por seu esposo – para a interação dela com os outros, obviamente. Para eles, isso é apenas um detalhe, não uma necessidade. 

Além disso, recentemente ela voltou a assumir a cozinha de sua casa – uma vitória que chega perto de um milagre para quem a conhece! Tive o prazer de experimentar um pudim preparado por suas mãos, dos melhores que já comi na vida, por sinal. Sem exagero ou falsa afirmação.

De onde eu estava, no entanto, via mais do que a superação de uma guerreira: via um par de olhos apaixonados seguindo seus mínimos movimentos pela casa, brilhando a cada nova conquista. Um incentivador? Não, um amor.

De repente, em meio a maior adversidade de suas vidas, quando tinham  todas as justificativas para lamentar e entregarem-se ao desespero, oferecem singelamente um ao outro aquilo que os jovens, os esbeltos, os sadios e os “perfeitos” tanto proclamam, mas do qual entendem apenas em versos: o amor puro, genuíno e incondicional.

Suzy Rhoden

26 comentários:

  1. Aplausos e mais e mais aplausos! Adorei, me emocionei com essa história desse casal. E é isso mesmo que acontece!

    Mudamos os corpos com o tempo , enrugamos, embranquecemos os cabelos...Isso externamente. O amor dentro se modifica e aceita as limitações da idade.

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    1. Chica, obrigada pelos aplausos! Realmente, a história do casal é linda, linda, mas tão linda que não consegui contar nem metade do amor que percebo "no ar" quando estou com eles, são exemplo de vida pra mim!

      Coisa linda isso que acontece, quando os cabelos embranquecem e o amor, lá dentro do coração, se solidifica e amadurece... Beijo grande, prazer ter sempre você por aqui!

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  2. Ops. pulou e foi antes de terminar...

    Adorei tudo o que escreveste ,como sempre, brilhante!!beijos,chica

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  3. Oi Suzy :)
    Mais uma crônica sensacional.
    Emocionante a história do casal que vc mencionou.
    Esse 'amor incondicional',anda em falta ultimamente.
    A maioria das pessoas não são tolerantes ou compreensivas,
    aquela história de amar sem esperar retorno,quase não existe mais.
    Eu concordo com vc: "viver um amor de verdade é para poucos";
    pois as pessoas só "amam" se tiveram razões ou pré-requisitos...
    Bjs \o/

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    1. Você captou bem minha crítica ao que muitos chamam de "amor" por aí, mas que não passa de uma paixão, quando não for pura e simplesmente interesse... O casal citado de fato exemplifica um amor que não aceita limitações e nem precisa de condições favoráveis para florescer. Beijão, querida Clau!

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  4. Querida Suzy, posso dizer que esse foi o texto que mais gostei, entre muitos que você escreveu.
    Muitos confundem amor com paixão. O entusiasmo vem com a beleza, com a juventude, com 'presentes' – que não é demonstração de amor. Pode ser de carinho. Amor é algo muito superior, é entrega, é medo de perder, é cuidado, é alegria - mas com o outro.
    Muito fácil 'amar' o bonito, o perfeito, o 'riquinho'. Amar é quando encontramos as dificuldades e queremos ficar junto, solucionar, acompanhar e dispostos a sofrer, também. E fazer com que o outro sofra o menos possível. Amar é deixar o vazio do luxo para seguir tudo que nossos sentimentos mais verdadeiros mandam. Amar é saber renunciar, é pensar no bem estar do outro. O amor é sereno, calmo. E nada pede a não ser um sentimento verdadeiro.

    Seu texto é muito verdadeiro e muito maduro. Texto de quem sabe o que é o amor.
    Parabéns, amiga, por ter tanto discernimento num mundo em que as coisas e as pessoas estão cada vez mais descartáveis.
    Que linda foto...

    Grande beijo.

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    1. Tais, fico plena de gratidão por tuas palavras - e já sei que vais me dizer que não é confete! rsrsrs
      Saber que esta foi sua crônica preferida, dentre tantas, me deixa muito feliz, pois abordei um tema comum, porém delicado, que exige cuidado, justamente por ser um assunto já tão explorado. A bela história de meus amigos ajudou, ilustrou perfeitamente o que eu queria dizer.
      E a foto é mesmo linda, é um flash de como quero ver chegar o futuro: bem agarradinha ao meu "véio", companheiro de jornada, amor de minha eternidade!

      Beijão.

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    2. Que lindo... 'Amor de minha eternidade'!!!!
      Daqui a pouco você vira poeta!
      ...é que essa crônica mostra muita maturidade e caráter. E diz tudo!
      bjs.

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  5. Suzy, às vezes fico observando alguns casais já idosos e percebo que entre eles sim existe amor verdadeiro, já passaram por tantos obstáculos, suportam hoje em dia as manias mútuas e são absolutamente dependentes da paciência um do outro. Estão livres das intempéries da juventude ou da meia idade ocasionadas pelos ciúmes e pelas paixões ligeiras. Também quero chegar lá e, de preferência, logo! rsrs.
    Amei seu texto, quanta sabedoria em cada palavra!

    Beijos

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    1. Néia, também gosto de observar os casais de cabelinhos brancos e cheios de histórias por trás de cada ruga, plenos de um amor que a flor da idade não é capaz de discernir. Assim como você, quero chegar lá, quero andar de braços dados com meu amor de uma vida inteira, tendo superado os anseios da juventude. Quero aprender a dar valor somente ao que realmente tem valor nesta vida!

      Obrigada por estar aqui mais uma vez, beijos meus!

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  6. Suzy!

    Emocionante sua crônica. Perfeita!

    Vc fala do amor incondicional, aquele que "tudo suporta, é benigno, não é invejoso, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal"... Esse, minha amiga é raro. E não é só nesses tempos modernos que constatamos isso. Quando olho para o passado, no tempo que era jovem, lembro-me de casais casados há 30, 40 anos que apenas se aturavam mutuamente numa vida infeliz. Permaneciam juntos como que presos às normas de uma convenção social. Cada um torcendo para que o outro morresse logo. Hoje ninguém mais liga para as tais convenções, casamento já vem com prazo de validade. Por um lado, isso é bom, pois ninguém merece viver em sofrimento. Mas por outro, é péssimo! Virou essa avacalhação que presenciamos.

    O ideal mesmo amiga, só será atingido quando homens e mulheres entenderem a união conjugal como um pacto de amor e respeito, cujo mediador é Deus. Ele é o originador do casamento e nos deixou um legado de bons conselhos. Um verdadeiro manual de instrução de como manter uma família feliz. E a família é a base de tudo. Meche-se na base e tudo vem abaixo.

    Quem sabe um dia as pessoas acordem, e então, teremos muitas belas histórias para contar como a desse casal de amigos seus. A eles todo meu respeito.

    A vc amiga, um PARABÉNS gigante!! Amei essa crônica, nem imaginas.

    Um beijo enorme.

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    1. Sueli, cada palavra sua neste comentário é um complemento exato para meu texto, porém numa capacidade de expressão que eu não seria capaz de escrever! Sua definição bíblica do amor é exatamente aquela na qual acredito, sua compreensão do casamento como um convênio entre marido e mulher, porém mediado por Deus, é justamente a minha compreensão dessa ordenança sagrada! Da mesma forma, não tenho dúvidas de que foi esse Pai CelestiaL, ao qual chamamos Deus, quem instituiu o casamento e estabeleceu a família como a fonte de alegria genuína.

      Assino embaixo de cada declaração sua aqui, vejo a família como a base, o centro de tudo que realmente importa. Qualquer ataque à base, significa destruição em algum ou muitos aspectos a frente.

      Eu não deveria, mas ainda fico impressionada com nossa unidade de pensamentos, pois é como se todas as minhas ideias relativas a fé e religião de repente fossem ordenadas em palavras por ti, só posso agradecer por isso! Minha admiração, meu carinho e minha gratidão por sua amizade, beijos!

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  7. Oi Susy,

    desta vez acho que conversamos com o coração!!!! Ainda ontem eu escrevi sobre o amor, e ficou muito parecido com o seu texto. Parece que combinamos!!! Vou colocar uma parte do texto para você ver:

    Então por que falar de amor se o que interessa é o desejo?
    É que o desejo é vento e o amor é ar. O desejo é o copo d'água na hora de muita sede, o amor é a fonte. O desejo é um sorvete gigante do seu sabor favorito, o amor é o açúcar.
    O amor é o que resistirá depois que todos se forem, depois das coisas, das festas e de aparadas todas as arestas. Para entender o amor, há que se passar muitas paixões primeiro. Ainda que seja com a mesma pessoa. Há que se passar a euforia e a folia do coração. Porque o amor é o que sobrará depois da perda, da dor, da dificuldade, da necessidade. O amor é uma amizade profunda recheada de desejo pelo outro. Esta é a verdadeira essência do amor.


    Qualquer dia desses, vamos escrever juntas???

    Bjs

    Leila

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    1. Leila,

      Sinto muito por demorar tanto a responder - tive meus contratempos aqui!
      Fiquei lisonjeada com o convite para escrevermos juntas qualquer dia desses, viu! Mas não pode ser competição, pois a comparação não é justa entre aprendiz e mestre, hein! rsrsrs
      Admiro muito sua escrita, não é de hoje que falo isso. Sua intimidade com as palavras me encanta, elas obedecem ao seu comando, se curvam diante de sua sabedoria. Percebo isso no lindo texto, do qual você transcreveu um fragmento aqui. E ficou mesmo parecido com o meu na essência da escrita!!! Realmente, falamos com o coração, sintonizamos e acertamos o compasso!!! Adorei!!!

      Beijo, com todo meu carinho.

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  8. Olá, Suzy. Antes de mais nada, que maravilha de texto, não? Um exemplo tão lindo de amor. Sabe que me lembro de algumas séries ou filmes que assisti que chegavam a seguinte situação: a mulher cobrava as três letras e sete palavras de seu companheiro e ele não conseguia dizer. Sempre achei essas situações muito fora do comum, levando-se em consideração o tempo e espaço contemporâneos no enredo. A facilidade com que se entrega um amor de verbo, ou seja, aquele falado, mas não sentido, faz com que situações como essa fujam totalmente da realidade. Será que as pessoas pensam que amam?
    Tenho um amigo que diz: nunca amei. E ele diz saber que entre tudo o que havia sentido em seus relacionamentos, nada era amor. E sua sinceridade sempre esteve em primeiro lugar. Não amo, não minto.
    Em quatro letrinhas cabe muito mais do que possamos imaginar. Banalizou-se um dos sentimentos mais intensos que existem.
    Uma história para refletir, a desse casal de seu texto. Todos estamos sujeitos a surpresas da vida assim como as pessoas que estão ao nosso lado. Estamos dispostos a conviver com o problema e estar ao lado da pessoa? Não se fala em disposição quando há amor. Está incluso em amar. O amor faz sim o possível e o impossível e vai muito além de uma canja na gripe. Vai muito além de presentes surpreendentes e dizer eu te amo. Pois bem. Juliana não está sendo ajudada, mas sim amada. E dentro do amor cabem todos os auxílios que ela precisou/precisa.
    É mágico, é lindo, é puro. Ela está se reerguendo no amor.
    Emocionante, Suzy.
    Abraços.

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    1. Verdade, Luís Fellipe!!! Tudo que você escreveu aqui foi muito verdadeiro. Juliana não está sendo ajudada e sim amada! Não relatei no texto, mas ouvi de seu esposo na ocasião da visita que, quando se atrasava no trabalho, voltava para casa com o coração apertado de saudade dela. Seus olhos se encontraram nesse momento, e testificaram que a declaração era sincera, verdadeira. Uma linda história de amor, realmente, como outras que existem por aí e que seguem sem ostentação, mas plenas, completas e eternas.

      Abraço pra você!

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  9. OI SUZY!
    NOSSA!
    TE CONFESSO QUE ME EMOCIONEI.
    REALMENTE AMOR ASSIM, É DIFÍCIL DE SE VER HOJE EM DIA, MAS,QUALQUER ARGUMENTO QUE FOR USAR AQUI, SERÁ MERAMENTE REPETITIVO PELA QUALIDADE DE TEU TEXTO QUE ABORDA O ASSUNTO COM TANTA PROPRIEDADE QUE POUCO FICA PARA DIZERMOS.
    ALÉM DE TEU TALENTO PARA A ESCRITA, ESTÁ AQUI TAMBÉM TUA EMOÇÃO, AO VIVENCIARES ALGO TÃO BONITO E VERDADEIRO COMO O AMOR DESTAS DUAS PESSOAS.
    QUE DEUS OS MANTENHA ASSIM E QUE ELA VENÇA, QUE RETOME SUA VIDA E QUE CURTA A PLENITUDE DESTE GRANDE AMOR.
    ABRÇS
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/ClickAQUI

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    1. Obrigada, Zilani!

      Realmente emocionante a história dos meus "personagens da vida real", não foi preciso muito talento para contar algo tão bonito: o modo como vivem seu amor é belo e comovente! Também torço muito por eles, já são vitoriosos mesmo quando andam entre espinhos... porque estão de mãos dadas!

      Volte sempre, minha querida! Beijos.

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  10. Por um comentário seu, Suzy, em outro espaço, quis conhecê-la. Acabei de ler esta crônica, que diz bem o significado de um amor verdadeiro. Concordo em tudo que aí está. O amor entre um casal, se percebe nos menores gestos, na dedicação...nas adversidades.
    Gostei de vira aqui. Hei de voltar...
    Um abraço,
    da Lúcia

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    1. Olá, Lúcia! É um prazer tê-la aqui, seja sempre bem-vinda! Aguardo seu retorno... beijão!

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  11. Olá Suzy,

    A ternura da imagem e a linda história de amor que você nos trouxe complementam e ilustram sua bela crônica.
    É verdade que o amor foi banalizado e que poucos compreendem seu verdadeiro sentido, não se dispondo a vivenciá-lo "na alegria e na dor, na doença e na saúde". O que se observa, infelizmente, são pessoas tirando proveito do sentimento alheio, ou "amando" apenas enquanto tudo corre de acordo com os desejos e sonhos de cada um. Amar na alegria é fácil, mas é nos momentos sombrios e de crise ou dor, que se avalia a força deste sentimento maravilhoso. A pessoa que ama tudo faz em prol da felicidade do ser amado, pois a felicidade daquele se traduz na própria felicidade. Amor não implica em troca e não comporta imposições. Ele requer renúncias, sacrifícios, respeito e cumplicidade. É alegria e dor. São vidas que se entrelaçam pelo desejo de assim estarem, "até que a morte os separem". É escolha, é completude, é felicidade.

    Adorei a crônica e me emocionei com a linda história de amor do casal.

    Feliz semana para você.

    Beijo.

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    1. Vera Lúcia, nossos pensamentos vão pelo mesmo rumo, pois seu comentário complementou muito bem meu texto, levando a ideia de completude e de incondicionalidade. Não consigo compreender o amor de outra maneira.

      Uma feliz semana para você também, grata por teres estado aqui! Beijos.

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  12. Achei que já tinha me emocionado por conta por hj com o post anterior e o que mexeu em mim meu comentário e eis que vc me tira de uma história triste e me leva para uma feliz.
    O amor seria como qualquer palavra banalizada como vem sendo usada, se não fossem essas histórias.
    Que seja eterno, amoroso, amigo, vitorioso sem se gabar, falante ou silencioso a cada olhar o amor deles e os nossos :)

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    1. Bem isso, Tina! O amor seria completamente desacreditado, não fossem as Julianas e os Flavios, dispostos sempre a amar e a cuidar... Que nossos amores também sejam assim, resistentes ao tempo e a adversidade, que não se confundam com resignação, mas que se renovem todos os dias, na tristeza ou na alegria!

      Obrigada por vir, beijinho!

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  13. Um belo texto que nos emocionou muito. Continue Deus a te iluminar.
    abraços fraternos.

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