quinta-feira, 2 de maio de 2013

Resiliência


Definição original: a capacidade de um material retomar sua forma ou a posição depois de ser dobrado, esticado ou comprimido.

Aplicação em nossos dias: a capacidade de nos recuperarmos de nossas adversidades.

Algumas situações, com as quais me deparei nos últimos dias, fizeram-me pensar na tão necessária resiliência. Para algumas pessoas, as dificuldades são degraus, gradativamente galgados rumo à felicidade. Para outras, o obstáculo é o fim do caminho: simplesmente desistem, deixam-se vencer pela frustração.

Uma senhora confidenciou a mim nesta semana: “Não há coisa que eu mais queira neste mundo do que morrer!” Senti convicção nas palavras, ela de fato não via propósito em sua existência. Sofrera profunda decepção, causada pela má escolha de uma filha há oito anos, e desde então não recuperou sua alegria. Conscientemente espera a morte.

Outros, não esperam: antecipam. Ouvi, estupefata, o relato de uma amiga, contando que sua mãe ateou fogo ao próprio corpo num momento de desatino. Pressionada pelas dores da vida, optou por sair de cena. Mas como ficou essa filha? Valentemente, quebrou o ciclo da tragédia: experimentou a mais amarga das dores, mas não se entregou a ela, pois escolheu a vida, e faz questão de vivê-la bem vivida!

Esta amiga querida é para mim exemplo de resiliência. Assim como a jovem  recém casada que sofre com  inexplicável tuberculose nos linfomas, ou a mãe de um bebê, atingida repentinamente pela devastadora leucemia. São guerreiras, não se entregam! Recolhem a dor e devolvem ao mundo um sorriso, por isso quem as conhece não duvida, mas confia plenamente em milagres: elas são o milagre!

Pensando exatamente nessas provações, que nos surpreendem sem marcar hora na agenda, olhei para meu adorável triozinho – filhos – e pensei: e agora, José?! Como preparo essas criancinhas para o mundo?! Pois não podem ser frágeis como os cristais, que quebram ao menor contato; mas também não podem ser amargas e insensíveis, inatingíveis em termos de sentimentos.  Quero que sejam humanas, porém capazes de enfrentar as tribulações que a vida de tempos em tempos trará, extraindo lições desses momentos incertos.

Lembrei-me de imediato de um artigo da revista A Liahona (março/2013), no qual Lyle J. Burrup ensina “Como Criar Filhos Resilientes”. Não nos damos conta, mas desde a infância preparamos nossos pequenos para os sucessos e insucessos que a vida trará. Nas situações informais do dia-a-dia, estaremos mostrando a eles o que realmente  importa: os resultados, ou o potencial que cada um deles possui como filho de um Deus.

Quando focamos exclusivamente nos resultados, não perdoamos pequenas falhas em nossas crianças e deixamos claro para elas que são um fracasso como pessoa – a conseqüência é a frustração. Quando focamos no potencial, mostramos que o resultado não foi o esperado, mas com renovado esforço as coisas podem sair melhores da próxima vez – a conseqüência é a motivação para tentar de novo!

Nas palavras do autor do artigo, filhos resilientes “veem a vida como desafiadora e em constante transformação, mas acreditam que podem lidar com esses desafios e essas mudanças. Encaram os erros e as fraquezas como oportunidades para aprender e aceitam o fato de que a derrota pode preceder a vitória.”

Pais perfeccionistas colocam o equilíbrio emocional de seus filhos em risco. Pais exigentes, por outro lado, dão regras e esperam o cumprimento delas, porém são realistas o suficiente para saber que esporadicamente alguma delas será burlada, pois os filhos falharão. E isso não é o fim do mundo para eles, pois estipulam uma conseqüência clara para o descumprimento das regras e não privam seus filhos desse momento de aprendizado.

 Meus meninos, por exemplo, hoje tiveram que limpar seu banheiro devido a uma ‘arte’ com o papel higiênico. Exigi um bom trabalho, a fim de consertar o estrago, e eles corresponderam à altura do exigido. Não se sentiram menos amados por isso, mas tenho certeza de que pensarão duas vezes antes de repetir a travessura. Entenderam a lógica da escolha & conseqüência. Sabem que não serão medidos pela falha, que são amados na mesma proporção, mas que jamais iremos isentá-los dos resultados de suas escolhas.

Da mesma forma, a vida apresenta suas próprias punições. Algumas, aparentemente merecidas, outras completamente injustas. Porém, nem a revolta, e menos ainda a indignação, reverte a situação a nosso favor. Enfrentar é o segredo, superar é a conseqüência para os que desenvolvem  resiliência.

“O modo como os filhos reagem diante das contrariedades depende em grande parte da forma como seus pais os ajudaram a desenvolver as atitudes e habilidades da resiliência.”


Suzy Rhoden

33 comentários:

  1. Belo post e tema. E adorei a tua postura com teus filhos. Ter responsabilidade pelos seus atos. O que me entristece é que nem sempre conseguimos. Podemos criar todos do mesmo modo, com nossas convicções e amor e amizades estragarem tudo pois são criados Diferente. Pena!

    beijos,chica, lindo fds!

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    1. Realmente, Chica, as amizades influenciam muito mais do que deveriam! Ainda hoje, estive em contato com uma senhora angustiada por ter uma filha envolvida com o crime... Deu-lhe educação e um exemplo de honestidade, mas a filha cresceu, arrumou amigos de caráter duvidoso e preferiu seguir com eles a ouvir os conselhos dos pais. Infelizmente, essa jovem está colhendo exatamente o que plantou: seu nome na lama e um processo com grandes chances de prisão.

      Não há segurança, de fato, já que eles crescerão e usarão seu arbítrio. Ensinar responsabilidade a eles é a melhor prevenção que conheço!

      Beijão, lindo fim de semana!

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  2. Limerique

    Quando a vida te pega de jeito
    Embora tudo você tenha feito
    Lembre de ser resiliente
    Então, bola prá frente!
    Desses problemas tire proveito.

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    1. Bola pra frente! As lamúrias nada acrescentam, ser resiliente é o segredo!

      Obrigada, Jair! Sempre muito sensato com seus limeriques... Abraço!

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  3. Suzy, caso pensássemos uma vez ao dia que não somos eternos já bastaria para criarmos os filhos preparados para a vida. A superproteção os fazem descompensados emocionalmente e absolutamente frágeis diante das dificuldades. O equilíbrio é difícil, mas não impossível e tem que começar pelos pais dando exemplo à família.
    Gostei do tema abordado, muito pertinente.

    Beijos

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    1. Néia, é impressionante o mal que pais super protetores fazem aos seus filhos! Pensam estar cuidando, zelando, protegendo, mas na verdade estão bloqueando o crescimento, impedindo as experiências tão necessárias nesta vida! Quando se veem sozinhos, esses filhos podem ser geniais na matemática ou na medicina, mas terão enorme dificuldade para solucionarem seus próprios problemas. Vi tanto isso acontecer...

      Beijo, querida! Tão bom ter você aqui!

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  4. Agarradinha no conceito físico original, tão bem pareado pela psicologia para o uso humano, creio que não somos originalmente dotados como alguns materiais, do poder de acumular energia para quando submetidos a pressão não sofrermos rupturas. Esse poder se aprende na infância, em casa, na escola, na vida.

    Penso tb que ainda que com treino, valores e aprendizados morais, religiosas e experimentais, rompemos.

    O poder de juntar os cacos, de sermos fênix é que o mais fantástico para mim.

    "O cair é do homem, o levantar é de Deus"

    Após a tensão cessar há mtas vezes uma deformação residual causada pela histerese do material, as vezes não. Como uma vara de salto em altura, que verga até um certo limite e sem se quebrar retorna à forma original dissipando a energia acumulada e lançando o atleta para o alto. Ou como um peça que pelo calor é queimada e deformada fica.

    Na infância, do saber esperar a vez, dar a vez, cair e levantar, do tirar as rodinhas da bicicleta, do participar não para ganhar, mas para participar,do experimentar e ouvir falar de perdas, dificuldades...faz-se varas que não quebram e impulsionam, ou peças queimadas e deformadas.

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    1. Tina, você me pareceu plena de sabedoria em seu comentário!

      Nunca saberemos ao certo se aquela de fato é a fórmula da felicidade para cada filho, já que variam em personalidade, mas sem dúvida é no ensino informal do lar que passamos não apenas valores, mas sentimentos de autoestima e de valor próprio - o que se distingue claramente do egoísmo e do individualismo - que determinarão escolhas futuras de nossos filhos.

      Embora a escola seja um grande recurso, vejo no lar o melhor de todos os laboratórios para filhos felizes e resilientes. Como você mencionou, é aqui que se fazem as varas que impulsionam sem quebrar... ou as peças que não servem para nada! Um dia colheremos exatamente aquilo que plantamos, ainda que nossos tesouros tenham andado em círculos, ou tenham se perdido para cá ou para lá... Se houve ensinamento, haverá sempre uma esperança de progresso!

      Beijão, Tina! Seus comentários são sempre muito mais do que pertinentes :)

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  5. Parabéns,esta perfeito!
    Se a "sociedade" tivesse uma centelha do potêncial que cada ser humano possui, quão diferente seríamos!

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    1. Obrigada, Cris!

      Mudaríamos muita coisa neste mundo do qual tanto reclamamos se simplesmente ensinássemos melhor nossos filhos em casa, se olhássemos para seu potencial como filhos de Deus e preparássemos essas crianças para construírem seu próprio futuro, ao invés de exigirmos resultados sem que ao menos eles compreendam quem são!

      Falamos a mesma língua, Cris, beijão!

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  6. Irretocável teu texto, Suzy, lidar com as conseqüências ignorando o potencial que permite novas avaliações e escolhas, é desperdiçar as chances de aprender pelo sucesso.
    Desde muito cedo as crianças se frustram, e desde sempre os pais desejam impedir que passem pela experiência, quando não medir esforços para evitar qq possibilidade, lhes tiram os meios de aprender a enfrentar as adversidades, e vence-las - sem falar na visão otimista e positiva sobre a vida que se aprenderia desde cedo!

    Filhos resilientes são adultos que aprenderam a não se intimidar diante das situações de conflito, certamente sentiram-se amparados e amados, mesmo quando cumpriam regras e respeitavam limites - ou, principalmente, por razões como esta.

    O assunto é atual, e os exemplos que vc deu, tão fortes, mostram a importância dessa conquista... o resiliente nem sempre é forte como gostaria ou esperam que seja, mas é resistente, corajoso, persistente. E vencedor!

    Admirável tua escolha, só a sensibilidade implícita permite uma abordagem tão perfeita! Este assunto daria muito pano pra manga...

    Beijos!

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    1. Denise, adorei seu comentário inteiro, mas em especial quando você menciona que pessoas resilientes nem sempre são tão fortes quanto gostariam... Elas sofrem, certamente! Mas, conforme você acrescentou, resistem, superam, sobrevivem e geralmente se transformam em pessoas muito sábias e positivas! Com certeza vale o esforço para desenvolvermos adultos assim, ao invés de mimadinhos que entram em conflito quando sopram os primeiros ventos.

      Um grande beijo!

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  7. Oi, Suzy, ótimo esse seu texto! Educar é uma arte das mais antigas, e que ainda bilhões de pessoas não aprenderam. Todos nós, em algum momento falhamos na educação, depois, com certa sabedoria e dedicação, podemos retomar o que seja certo. Porém uma das atitudes que mais estragam os filhos, que mais os incapacitam, é a super proteção. Parece que ficam atados, sem atitude alguma, dependentes. Qualquer sopro basta para desmontá-los. Filhos devem ser cuidados até a idade em que percebemos aptos a andarem com suas pernas.
    Mas, podemos educar dois filhos iguais, passando condutas e posturas que julgamos corretas: serão sempre diferentes! Daí, amiga, entra uma coisa que estou pra postar em breve. Já está pronta. Te aviso.

    Beijão, meu carinho e admiração de sempre!

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    1. Tais, você me fez lembrar de uma colega de faculdade, que sempre foi muito apegada aos pais, muito dependente deles e não queria de jeito nenhum soltar a barra da saia da mamãe. Porém, a filha concluiu o Ensino Médio, e tinha inteligência de sobra para encarar uma Universidade Federal. O que fez a mãe? Nas próprias palavras dela: fez minha mala, me levou até a porta do ônibus e me 'tacou' pra dentro dele, dando um tchauzinho e um 'te vira!' rsrsrs Claro que não foi bem assim, conheci aquela mãe e sei o grande apoio que ela sempre deu aos filhos para que estudassem e se tornassem pessoas independentes e autossuficientes nesta vida. A grande lição foi o fato dessa mãe não ter cedido a chantagem da filhinha indefesa e tê-la mandado para o mundo, dizendo 'agora é contigo'. Por vezes, é isso mesmo o que temos que fazer, enquanto damos o suporte por fora... Nem preciso dizer a mulher e profissional incrível que essa minha colega se tornou, pois teve uma mãe cheia de sabedoria por trás, apontando o caminho do sucesso.

      Sim, serão sempre diferentes! Mas quero saber o que entra na história, portanto, posta logo, que tenho 3 serzinhos distintos aqui pra educar! rsrsrs

      Beijão

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  8. Olá Suzy querida,

    Enquanto lia sua crônica veio-me à mente a imagem do Gianecchini nas propagandas do Banco do Brasil. Para mim, ele é o exemplo de resiliência.
    Enquanto uns chegam a antecipar a própria morte pela entrega e falta de forças para lutar, outros sobrevivem e vivem apesar de males incapacitantes.
    Não é fácil preparar os filhos para enfrentarem as adversidades da vida e se fortalecerem ainda mais com elas, mas é possível e constitui dever dos pais que amam seus filhos e desejam o melhor para eles.
    Em minha família, entre os cinco irmãos, três são fortes e dois fracos diante de qualquer problema. Os pais são os mesmos, a educação foi a mesma, mas dos fortes foi cobrado mais. A esta altura da vida, minha mãe ainda cobra dos fortes proteção para os que não conseguem reagir bem às dificuldades que a vida lhes traz, decorrentes do próprio comodismo e da fraqueza diante de qualquer leve brisa. E por mais que se faça, ainda parece que ficamos devendo.
    Creio que há alguma genética nisto, pois observando os familiares de meus pais, vejo nas respectivas famílias situações similares.
    De qualquer forma, os pais precisam se empenhar ao máximo, ainda que em determinados momentos o coração sangre. É prova de amor.
    Os fatos que você cita são chocantes e ao observar exemplos assim, constatamos o quanto é imprescindível tornar os filhos fortes para enfrentarem e reagirem bem às tempestades da vida.

    Excelente a abordagem da sua bela crônica.

    Beijo.

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    1. Obrigada, Vera Lúcia!

      Não existe uma fórmula para o sucesso, não é? Mas creio que pais que ensinam a resiliência receberão sua recompensa quando perceberem os filhos enfrentando seus próprios problemas com dignidade e coragem! Gianecchini é para mim também um grande exemplo de alguém que venceu pela força, pela disposição de viver e de ser feliz sob qualquer circunstância! Tenho amigos próximos que tem feito o mesmo, deixando um rastro de coragem para ser seguido por muitos. E é tão bom conviver com pessoas assim!

      Quanto as fragilidades que você mencionou, em uma mesma família de pais firmes e resistentes, penso que esse não é privilégio exclusivo de sua família: vejo o mesmo acontecer na minha! Talvez o propósito seja, realmente, de vencermos nosso egoísmo e ajudarmos uns aos outros... O fato é que uns resistem mais e outros menos aos fortes ventos. Uma coisa, porém, é certa: quanto mais bem preparados na infância, mais chances de felicidade, sucesso e superação na vida adulta!

      Adoro você aqui, sensata e equilibrada! Muitos beijos.

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  9. Oi Suzy :)
    Suas crônicas são extraordinárias.Já estava com saudade de passar por aqui.
    A habilidade da resiliência é tão importante na vida da gente...
    Afinal,tudo é uma constante mudança,sendo assim, é importante aprender a lidar com os desafios de forma saudável e construtiva.
    Superar crises,adversidades,e suportar pressão,á algo que vamos precisar fazer a vida inteira.
    É muito bom e proveitoso quando desde crianças somos ensinados a lidar com as intempéries,
    isso nos fortalece e ajuda a construir nossa autoestima e nos torna cidadãos resilientes.
    Bjs \o/

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    1. Clau, que bom que veio! Também sinto saudades quando as correrias dos dias nos distanciam... Vivo mencionando isso lá no seu blogue! rsrsrs

      De fato, há muito a se dizer sobre resiliência... Adorei seu comentário, um beijão!

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  10. OI SUZY!
    MUITO LEGAL TUA CÔNICA.
    ME VEIO Á MENTE QUANTAS VEZES TEMOS DE NOS VALER DA RESILIÊNCIA,POIS SOMOS ETERNOS MUTANTES NOS ADAPTANDO A NOVOS DESAFIOS QUE A VIDA TEIMA EM NOS APRESENTAR.
    EDUCAR É UMA TAREFA DIFÍCIL, MAS ESTÁS NO CAMINHO CERTO,DEVEMOS MOSTRAR AO FILHO QUE ELE ERROU, POIS SE NÃO O FIZERMOS A VIDA SE ENCARREGARÁ DE FAZÊ-LO.
    ABRÇS
    /luasingular.blogspot.com.br/

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    1. Oi Zilani,
      Agradeço o carinho de tua presença aqui, trazendo tuas ideias no assunto resiliência. Beijos pra você!

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  11. Suzy!

    Como já disseram, irretocável sua crônica!! Como sempre, vc demonstra grande sabedoria. Gostei muito da matéria que vc linkou.

    Educar filhos é uma das tarefas mais difíceis! Há muita teoria, quase sempre ditadas por psicólogos ‘peritos’ na área... Que dizem e depois, observando os resultados com o passar dos anos, desdizem. Mas não quero entrar nesse mérito, pois na verdade seguimos mesmo nossa intuição que muitas vezes é a que conta para os bons resultados.

    Penso que filho se educa primeiramente com exemplo e ponto! Delegar pequenas tarefas desde cedo os tornarão adultos independentes. Obrigá-los a limpar a sujeira, guardar as bagunças que fizeram, os tonarão responsáveis pelos seus atos. O elogio é fundamental para desenvolver a autoestima, mas na medida certa e não tentar transformá-los em super-heróis que não aceitam derrotas.

    Acho importante não confundir zelo com superproteção dos pais. Quando meus filhos eram adolescentes, fui acusada de superprotetora por não permitir que viajassem sozinhos sem a presença de um adulto. Na época a moda era acampar. Pois bem, eles acamparam mesmo no quintal de casa! Não me arrependo. Os resultados estão aí para serem visto pelos que me acusaram.

    Maravilha amiga!! Mais uma vez vc se supera. Um tema importante para pais com filhos pequenos. (lembrei-me agora da frase de uma grande sábia: minha mãe kkkkkkk. Quando nos corrigia, ela dizia: ‘É de novinha que se endireita a abobrinha’ kkkkkkkkkk).

    Bjobjo!!

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    1. Rsrsrsrsrs Muito sábia a Sra sua mãe, Sueli!
      Falar da educação de filhos irá sempre gerar controvérsias, afinal cada pai tem suas teorias, passadas de geração em geração...
      Concordo com você quanto ao zelo e a super proteção: meu filho de 7 anos estava me perguntando quando poderá ter um Facebook e eu expliquei, sem pretender ser exagerada, que aos 18 anos conversamos sobre isso rsrsrs Claro, a gente volta no assunto antes disso, mas não é porque crianças de 7, 8 anos já estão papeando na internet que meu filho seguirá o mesmo rumo. Afinal, 'é de novinha que se endireita a abobrinha!' Rsrsrsrs

      Muito grata por sua participação, seu carinho, sua amizade. Beijões!

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    2. kkkk, desculpe, essa do face aos 18 anos tive de rir muito... será que vai existir isso até lá? Ontem assisti um negócio, uma ultra, mega tecnologia desenvolvida pela Microsoft! Fiquei mais confusa do que podes imaginar. Quando teu filho tiver 18 anos, comandaremos tudo só pelos 'óios'!!! kkkk

      Adorei, essa!
      Mais beijos.

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    3. É claro que não vai existir um "Face", mas existirá algo muito mais moderno, mais atualizado... O que quero dizer é que não permitirei que meus filhos entrem correndo na nova moda, ainda que crianças de 3, 4 anos estejam fazendo uso das novidades! Admito que não será algo assim tão simples lutar contra a tecnologia, por isso pretendo fazer o que faço hoje: me aliar a ela em termos de benefícios e banir o que extrapola o bom senso. Beijoooo!

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  12. Oi, querida Suzy!
    Depois de um verão rigoroso, estou de volta!
    E, mais uma vez, encantada com esse seu texto coeso, terno e acolhedor. E essa tal de resiliência... ai, tenho visto cada exemplo muito comoventes. Aliás, convivo com um resiliente há onze anos!
    Na verdade, a maioria de nós vive fazendo uso dessa capacidade, até mesmo pelas injustiças sociais desse nosso país, né não?
    E a abordagem com relação às crianças fez-me focar em meus netos que têm sido campeões nessa tentativa de ajustar-se à nova vida que lhes impuseram! Que Deus os abençoe e fortaleça para que se mantenham desse modo vida a fora: valentes!
    Bjsssssssssssssssssss, quérida, Deus a abençoa e aos seus amores!

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    1. Brechique, que alegria que retornou!
      Não tenho dúvidas de que seu verão foi rigoroso, meu inverno também começou assim... Mas se esse é o preço da coragem, da valentia, da bravura, que seja pago! No fim de tudo, saímos sempre mais fortes...
      Bom demais mesmo tê-la de volta, muitas saudades!

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  13. Deu uma vontade azul com bolinhas de vir aqui.
    Deixo meu beijo e canto de passarinho \o/

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    1. Obrigada, Tina, seu canto de passarinho alegrou meu dia... O novo texto explica meu sumiço, não tive outra opção. Mas já estou de volta, e com toda energia para ir logo visitá-la lá em seu blog. Muitos beijos!

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  14. Este texto, veio acariciar meu coração. Temos que unir forças,a família tem um papel maravilhoso e um trabalho incansável nas horas difíceis, acredito que uma família bem estruturada focada em Deus é cura para muitas dores, e nos dá esta capacidade de sermos resilientes. A vida é uma caixinha de surpresas, caímos e nos levantamos à todo momento. Os filhos precisam de mirar-se em bons exemplos, e não só os pais, tios, avós, primos todos tem que trabalhar para educar. Além de professores, que considero uma extensão muito valiosa de família. A construção sempre começa pelo alicerce,é aí que temos que aproveitar todos os ganchos que surgirem para educar.Um simples acontecimento pode virar uma aula de sabedoria nos primeiros anos de vida e
    ficar eternizado no coração de crianças.

    Suas crônicas, são realmente um laboratório para viver, e bem.
    Grande abraço.

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    1. Obrigada, seu elogio encantou minha noite, me deu até vontade de estudar Psicologia! rsrsrs
      Quem dera poder realmente ter aqui um "laboratório para viver"... É essa a intenção, mas reconheço que os textos muitas vezes servem para mim, para meu próprio aprendizado!
      Ameeeeei seu comentário, foi perfeito, foi exato!

      Grande abraço e meu sincero carinho.

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  15. Oi Suzy!!!
    Vc sempre arrasando em seus textos... como amo a forma que escreve: tão clara e vedadeira. Sabia que iria me apaixonar por este assunto, assim como na A Liahona. Obrigada por compartilhar conosco estes registros! Para mim está chegando numa hora muito, muito oportuna! Que o Senhor continue a lhe conceder este dom tão lindo! Beijo grande, amiga!

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    1. Liliane, que texto maravilhoso na Liahona, não é não? Aprendi um monte, por isso tive a inspiração de compartilhá-lo, acrescentando minhas ideias e minha vivência.

      Nem tenho palavras para agradecer os elogios a minha escrita e o carinho tão sincero que sinto de ti, acho que se tivéssemos sido companheiras de fato durante a missão não estaríamos tão próximas como estamos agora! Suas palavras são incentivo para mim, e seu exemplo inspiração para os meus dias.

      Beijo grande, forte abraço!

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