domingo, 14 de julho de 2013

Pais e Filhos: Quando os Papéis se Invertem

Imagem meramente ilustrativa, retirada da internet

Nesta semana, recebi visita VIP: mamãe.
Quem tem mãe residente em cidade distante, sabe o quanto significam esses momentos. A vontade é congelar o calendário, para que a data da despedida nunca chegue, e elas permaneçam para sempre alegrando os netos e dando o colo que nós, bem crescidinhos, insistimos em continuar a receber. Minha mãe veio exatamente com essa disposição, tomou conta da casa, dos netos, de tudo – tive uma semana celestial!
No entanto, um contratempo inverteu os papéis: minha mãe adoeceu. Devido ao tempo chuvoso, permaneceu de repouso o dia inteiro, e a mim coube o privilégio de preparar e servir-lhe na cama uma canja, tal qual ela fazia por mim em outros tempos. O incidente gerou em mim profunda reflexão.
Recordei os  tempos vividos na companhia dessa maravilhosa mãe. Quantas noites, acordei com ela ao pé da cama, sussurrando meu nome para que eu acordasse de um pesadelo que me angustiava! E depois permanecia, por horas intermináveis, segurando minha mão até os monstros irem todos embora, sem que eu jamais a tenha flagrado olhando ansiosa para o relógio. Sempre foi completa, plena, inteira em sua dedicação. Secretamente, eu acreditava ser a filha preferida – e assim pensava intimamente cada um de meus irmãos, pois ela sempre fez cada um se sentir especial.
Se não precisou amanhecer comigo nos braços, em estado febril, fez isso infatigavelmente, centenas de vezes, por meu irmão em suas crises de asma. Se estava cansada, seu cansaço não afetava o humor e nem sua paciência conosco: tratava-nos com respeito e amor.
Embora firme, não lembro de censurar-nos aos gritos: seu método era o diálogo, priorizava a boa comunicação. Por esse motivo, nunca tivemos sérios problemas com mentiras em  casa: ela confiava em mim e em meus irmãos, e nós confiávamos nela; sabíamos que em seus conselhos havia sabedoria e poderíamos confiar integralmente.
Com base nessa educação, tão logo fiz 17 anos, minha mãe fez minha malinha e enviou-me para fazer a faculdade na ‘cidade grande’. Alguns diziam: como tem coragem de deixar sua filha sozinha, tão longe de casa, tomando suas próprias decisões em plena adolescência?! Coragem ela tinha, e fé em Deus, a quem orava diariamente  para que me mantivesse no bom caminho – o caminho da integridade, que ela me ensinou desde o berço a trilhar.
O tempo passou e com ele veio uma compreensão inequívoca: de repente, os papéis começam a se inverter. Minha mãe, que tantas vezes me serviu, me orientou, me fortaleceu, já não tem o mesmo vigor físico de outrora. Dores que nunca existiram começam a incomodar, fragilidades insistem em aparecer. É a mesma mãezinha prestativa de outros tempos, que ainda me dá colo, com a diferença de que cresci e agora posso ofertar-lhe meu colo também!
Para alguns, essa descoberta de que os pais da gente – sobretudo a mãe – começam  a envelhecer é assustadora. Para mim, esta é uma maravilhosa manifestação do ciclo da vida. A maravilha não está no fato de o corpo, pouco a pouco, perecer, mas na oportunidade de retribuirmos, àqueles que nos amaram mais do que a si mesmos, um pouco de tudo que fizeram por nós. O ciclo seguirá e, algum dia, chegará também a nossa vez.
Um curso recente, para atualização profissional, reforçou em mim esses pensamentos ao ouvir da palestrante – a psicóloga e investigadora de polícia, Suzana Braun – que o método educativo escolhido pelos pais lhes será devolvido, salvo raras exceções, na maturidade . Isto é,  pais que educam  filhos aos gritos,  poderão esperar xingamentos e tratamento aos berros quando estiverem em idade avançada. Por outro lado, filhos educados com bondade e respeito, exercerão a mesma paciência com seus idosos. Portanto, no decurso do tempo, refletimos aquilo que aprendemos e vivemos no lar.
A sopinha de hoje marca o início de novos tempos. Que bênção poder cuidar de minha genitora, que já fez e faz tanto por mim! E, a considerar o método escolhido por minha mãe em nossa infância, ela pode ficar tranqüila: terá três filhos disputando oportunidades para servi-la. Pois se tem algo que ela fez com excelência nesta vida, foi servir-nos com perfeito amor. O amor, portanto, será sua recompensa.

Suzy Rhoden

31 comentários:

  1. Que lindo e bem emocionante teu post. Essa sensação de que elas estão velhinhas é fogo. Te entendi perfeitamente. A tua, colherá os frutos do que plantou! Isso é bom! beijos à duas, tudo de bom,chica

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Chica! Realmente, senti-las avançando no tempo é 'fogo'. Felizmente, minha mãezinha ainda é confundida com alguma irmã minha, acredita? Mas vai apresentando suas fragilidades, fazendo a gente pensar na finitude deste estágio de vida... que bom confiar que existe uma próxima etapa! Beijo, querida. Boa praia para ti!

      Excluir
  2. Obrigada Suzy pela visita e comentário.E pela oportunidade de partilhar contigo desse encontro _mae e filha em papeís invertidos_ hoje quem cuida da mamãe é a filha , é esse o ciclo que vemos acontecer quando os pais envelhecem e nós amadurecemos. E é um belo momento .Quiça possa todos os filhos ter essa oportunidade.
    Bom ter gostado do poema da Lu Vilela _ me identifiquei muito com a escrita dela _ e vamos trocando aprendendo partilhando vivenciando e nos alegrando,juntas.
    Boa semana e um abraço

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada, Lis, pela sua presença por aqui! Estive em seu blog e comentei porque gostei dele... Retorno em breve para conhecer um pouco mais de tuas palavras, um beijo!

      Excluir
  3. Suzy, seu texto lembrou-me de várias coisas. Uma delas foi um texto que li, escrito por pais a seu filho, dizendo-lhe para ter paciência quando eles já não estiverem com a saúde cem por cento entre outros problemas. Um texto curto, mas emocionante.
    Lembrei-me também de quando minha avó materna, lá de Minas, veio passar uns dias aqui. Eu tinha uns dez anos. Ela sempre teimosa, adorava limpar a casa e lavar roupas e nós insistíamos que ela descansasse. Numa certa tarde, enquanto estendia algumas roupas, viu um escorpião subindo pela sua roupa. Bateu a mão no bicho e felizmente não foi picada. Mas o susto deixou sua pressão lá em cima (e ela já não é boa de pressão...) Ficamos preocupadíssimos, mas ela ficou bem.
    Há alguns anos ela passou a depender dos filhos. Lá em sua cidade ia para todo lugar a pé, conhecia a vizinhança, era forte. Depois de uma noite que passou mal, parece que algo chamado de "AVC Transitório" atingiu ela e tudo mudou. Hoje ela tem dificuldade para andar, já não tem aquela mesma noção de espaço, não pode sair sozinha e muito menos ficar sozinha. Tem dificuldades para reconhecer todo mundo.

    Achei seu texto brilhante. Minha mãe, que está longe da mamãe dela, sabe do que você está falando. Não é fácil.
    É de se admirar o carinho que você tem pela sua mãe e tamanha retribuição do amor que ela deu a você. Quando a descreveu, nós leitores pudemos comprovar o que já imaginávamos pela sua conduta, Suzy: a criação foi excelente e a educação dada é essa que está rara nos dias de hoje.

    Um grande abraço a você e a sua mamãe!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E qual a avó que não é teimosa, Luís Fellipe? rsrsrs Elas querem sempre ajudar, cuidar de tudo. Afinal, sua mente continua ativa em muitas situações, porém o corpo já não acompanha o ritmo e aí acontecem as quedas, os sustos...
      Também li algo interessantíssimo, falando sobre como vemos nossos pais na condição de super-heróis, para nós eles são imortais! Então demoramos a entender que os anos avançaram e as mudanças vieram, não aceitamos a condição do envelhecimento, mascaramos com a palavrinha maturidade. Penso que podemos viver esses momentos sem sermos negativos, simplesmente aceitando e fazendo o melhor possível para uma maturidade ativa. Quando, porém, isso se tornar impossível, é hora de nós, filhos, retribuirmos os cuidados que tivemos na infância. Lembrando que um dia estaremos naquela idêntica condição!
      Obrigada por tanto carinho, você é uma pérola da sua geração, tem opinião formada e transparece sensibilidade pelas coisas mais importam na vida: pessoas, sentimentos, família, educação, dignidade humana. Obrigada por engrandecer meus textos com suas recordações e comentários comoventes! Foi um prazer conhecer um pouco de tua vozinha mineira através de tuas gentis palavras. Beijos!

      Excluir
  4. Limerique

    Porque nenhum homem é uma ilha
    Uns dos outros seguem a cartilha
    Mãe que bem criou rebentos
    Em dores não fica ao relento
    Pois torna-se sua mãe a própria filha.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Lindo limerique! A ideia do texto é essa, que bom ter você para complementar com rimas perfeitas!

      Forte abraço.

      Excluir
  5. Suzy, maravilhoso 'depoimento' acima de tudo. Não há dúvida que teremos aquilo que cultivamos.
    No decorrer da leitura fui sentido muitas saudades dos meus velhinhos, meu pai, com sua doença já muito avançada, ainda me tirou de um choque anafilático, não deixando que me levassem para uma emergência. Esse gesto me marcou. Essa é uma imagem que guardo até hoje. Deitada, olhava para ele, frágil de saúde mas forte e decidido de espírito!
    Mas também tiveram, ambos, os cuidados e carinho da família. Muito triste aquela despedida...
    Tua mami está tendo de volta aquilo que plantou. Lindo.

    Beijos mil!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Meu texto ficou ainda mais rico com o acréscimo do seu depoimento aqui: linda a imagem de seu pai idoso, frágil fisicamente, mas grande em espírito e em atitude! Com certeza, a imagem deve ser guardada na memória, quem sabe preservada em registros para que outros possam se beneficiar da beleza pura que há nela... Seu velhinho certamente foi um grande homem e um pai exemplar!

      Beijos

      Excluir
  6. Suzy, durante a leitura pude imaginar o que você sentiu ao vivenciar esse momento delicado da sua mãe, penso que é sempre um susto quando isso acontece pela primeira vez. Para os filhos, quando a mãe adoece é o momento em que o medo de perdê-la surge dura e friamente, normal entre pessoas que se amam. E você tem toda razão quando diz que esses fatos nos fazem refletir, como nunca!

    Beijos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Néia, você sempre capta muito além das palavras, és tão perceptiva!
      Foi um simples resfriado com algumas complicações, mas foi isso mesmo: comecei a enxergar minha mãezinha suscetível. Minha fortaleza agora apresenta fragilidades, e quero ter o privilégio de estar ali, oferecendo o cuidado necessário, como ela sempre fez em relação a mim!
      Obrigada por vir, mais uma vez!

      Beijos

      Excluir
  7. Suzy, conheci seu comentário lá no blog da Ana Paula e achei legal. Vim conhecer o seu blog e gostei muito. Já o estou seguindo e perseguindo, rs...rs!
    Manoel.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Manoel, é um prazer tê-lo aqui! Sinta-se bem-vindo! Naturalmente, retribuirei a visita e o carinho.

      Um abraço.

      Excluir
  8. Suzy querida
    Lindas palavras, sentimento, reflexões, cheiro de sopa e abraço com gosto de família senti com sua postagem,
    Eu tenho verdadeira adoração por idosos, sejam os meus ou os dos outros, sejam fofos como algodão e doces como caramelos, ou ranzinzas.
    Desde que meu avô se foi, venho desenvolvendo a crença e a teoria (espiritual e observacional) de que os bons vão primeiro e os que tem continhas a acertar, aprendizados e ensinamentos a dar ficam por aqui fazendo hora extra.
    Minha vó está fazendo hora extra, fora da realidade e de volta a ela em fração de minutos, com olhares e falta de visão. Aprendendo e ensinando, dando trabalho e tendo tratamentos ruins a altura dos maus tratamentos ruins que já deu e tratamentos zelosos.
    Acompanhando td isso, darei a minha mãe o que ela me deu e o que faltou me dar, e tudo que quero receber, ainda que eu possa vir a não receber, me preparo para isso.
    A vida é cíclica com certeza, um dia todos nós envelheceremos e muitos vão voltar a ser crianças mentalmente, muitos terão as habilidades subtraídas como quando não se sabia andar ou comer, muitos desaprenderão a falar e não mais ouvirão ou enxergarão e precisaremos todos invariavelmente de cuidados, de atenção, de amor.
    Que vc tenha filhos que sejam para vc o que vc foi para eles e mais se preciso for :)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Tina, também tenho um carinho especial pelos idosinhos. Não sei se já te contei, mas trabalho em prol deles, o que me aproxima ainda mais desse grupo vulnerável de muitas maneiras.
      De fato, a vida é cíclica. Por vezes, erramos o caminho, seja como pais, seja como filhos. Esta vida é um aprendizado, e acredito que o mais importante seja justamente ir extraindo lições e melhorando nossos relacionamentos - isso vale especialmente para pais e filhos, mas abrange todas as relações.
      Assim como você, quero poder fazer ainda mais do que fizeram por mim. Mas acho difícil, viu, pois sob muitos aspectos a sensação exata é de que minha mãe beirou a perfeição.

      Tão bom ter você aqui! Beijoca.

      Excluir
  9. Olá Suzy. Confesso que me emocionei com teu post! Começo a pensar em quando chegar a minha hora de cuidar de meus pais. é lindo ver que a família ainda tem lugares neste mundo tão "estranho" que estamos vivendo!

    Meu beijo grande pra ti!

    <3 <3

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, a família sempre terá lugar, e acredito que entendemos melhor isso conforme o tempo passa e os papéis vão se invertendo... Aprendemos a valorizar muito mais os pequenos e doces momentos no seio familiar!

      Meu beijo para ti também, querida amiga! Venha mais vezes, venha sempre!

      Excluir
  10. Olá Suzy!
    É tão gratificante poder retribuir aos nossos pais todo carinho,cuidado
    e atenção recebidos principalmente na infância.
    Inevitavelmente a saúde deles vai ficando fragilizada,
    e aí cabe a nós cuidar e zelar deles com toda dedicação.
    Muito emocionante sua crônica.
    Eu amo cuidar dos meus pais,e eles ainda nem são velhinhos!!
    Bjs!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Clau, assim como os seus, meus pais não são velhinhos! Mas já começam a dar os sinais do tempo que passa... Queridos, bom mesmo é tê-los por perto, cuidar deles!!!

      Beijinhos pra ti!

      Excluir
  11. OI SUZY!
    ME EMOCIONEI, COM TEU POST, NÃO TENHO MAIS MINHA MÃE, MAS SE A TIVESSE, AGIRIA ASSIM NOVAMENTE, POIS QUANDO ELA PRECISOU, PUDE FAZER UM POUQUINHO DO TUDO QUE ELA HAVIA FEITO POR MIM.
    TUA CONSCIÊNCIA DE FILHA AGRADECIDA E PRONTA A RETRIBUIR COM CARINHO E RECONHECIMENTO, OS CUIDADOS RECEBIDOS DE TUA MÃEZINHA, EMOCIONAM MESMO.
    QUE ELA MELHORE LOGO E POSSAS CURTI-LA, COM TODO O AMOR QUE A ELA DEVOTAS.
    ABRÇS AMIGA E CONTERRÂNEA.
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada, Lani! Acredito que a emoção faça parte de ti, dá para perceber pelas poesias que escreves, há muita sensibilidade, fico encantada! Agradeço o carinho da visita e a bondade de tua palavras, deixo-te beijos gratos!

      Excluir
  12. Que delícia de texto (história real) Suzy!!!

    A vida sempre nos dá possibilidades e retribuir o amor das pessoas, e quando se trata de mãe, fazemos com mais amor ainda.

    Eu também fiquei com a minha sogra aqui em casa por quatro meses e foi uma experiência incrível. Já escrevi, mas ainda não postei.

    Enxergo tudo isso como oportunidades preparadas para a nossa evolução.

    Muito bom ter vindo aqui. Bjs

    Leila

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Leila, querida!

      Eu é que agradeço o privilégio de tê-la aqui, sei como sua vida é movimentada, corrida... Então, quando apareces, fico sempre muito feliz!

      Realmente, as experiências com nossos 'velhinhos' são incríveis! Os meus ainda estão na flor da idade, mas já é uma riqueza infinita ouvi-los, gastar minhas horas compartilhando da sabedoria deles...

      Beijão!

      Excluir

  13. Olá Suzy querida,

    Sua crônica é tão linda que chega a emocionar.
    Confesso para você que tive resistência em aceitar o processo de envelhecimento de minha mãe. Ficava aflita ao vê-la perguntar que remédio deveria tomar para um ou outro sintoma, quando ela sempre vinha com o remédio certo para nós, filhos. Recusava vê-la frágil, quando foi sempre forte e autoritária. Com o tempo, fui assimilando a nova realidade e compreendendo a inversão natural dos papéis.
    Feliz de sua mãe que soube educar os filhos de uma maneira sábia, amorosa e respeitosa, pois terá o retorno na devida medida.
    Sua crônica reflete o tamanho do amor e admiração que você tem por sua mãe e a consciência exata de seu papel daqui prá frente. Sei que, quando for o momento, você será uma excelente mãe para a sua querida mãe.

    Fiquei penalizada com a morte de sua amiga, principalmente por ter deixado um bebê de um ano. Tenho certeza que o marido está em paz, pois fez por ela tudo o que estava ao seu alcance.

    Beijos, amiga, e obrigada pela visita tão amável.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Vera Lúcia, já li sobre isso que aconteceu com você, relutamos em ver nossos super heróis dependentes e debilitados, inconscientemente recusamos a aceitar a nova realidade! É como se, da mesma forma que acreditamos em Papai Noel, decidíssemos que eles são eternos e imortais. Somente o tempo pode nos ajudar a entender esse ciclo da vida, que se repetirá conosco e nossa prole algum dia... Mas, reconheço, não é algo assim tão simples ou tão fácil.

      É, muito triste o que aconteceu, uma jornada que se encerrou mais cedo do que gostaríamos... O que nos fortalece é a creditar que a vida prossegue, embora em outro plano, e confiar que nos reuniremos àqueles que amamos. Obrigada pelo carinho! Beijos.

      Excluir
  14. Que bonito Suzy,
    Penso que se todos os filhos agissem assim, como você e seus irmãos, claro, que souberam aproveitar e absorver os ensinamentos de sua mãe, talvez os idosos, adoecessem menos, teriam mais vigor,pois o carinho que se recebe, muitas vezes ocupa o lugar de remédios e doenças como a depressão.
    A solidão em que se encontram alguns velhos é de cortar o coração. Após terem dedicado uma vida toda aos filhos na hora de receber apoio são completamente abandonados ou passam a sentir que são um peso para os próprios filhos.
    Emocionante sua crônica, Suzy.
    Também eu, invisto no amor e dedicação para tornar a minha mãe ainda mais feliz na sua velhice. E por falar nisto, ela estará completando oitenta e quatro anos nesse domingo.
    bjs.

    JÁ havia comentado antes nesta postagem, mas acho que foi para o Spam.


    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não acredito, sua mensagem realmente se perdeu! Uma pena, fico chateada por isso... Mas grata por você ter voltado, sem sequer ter cogitado o fato de eu não ter postado tuas palavras, pois é certo que isso eu não faria. Obrigada por vir e acrescentar sua sensibilidade ao tema, você está plena de razão em tudo que escreveu! O melhor remédio é o amor, a atenção, mas muitos filhos parecem não compreender isso... Trabalho diariamente para combater situações assim, de abandono, de negligência daqueles que deveriam amar e proteger! E é muito triste, pois se eu fosse contar aqui tudo que vejo, meu blog sangraria...
      Meus parabéns para sua mãezinha, 84 anos de sabedoria! Dê um beijo meu nela, e muito carinho e gratidão por uma vida longa e linda, de doação aos filhos e netos, tenho certeza!

      Meu carinho por ti, Lourdinha, beijão!

      Excluir
  15. Obrigada Suzy, de coração.

    Quanto ao comentário não tenho real certeza de que foi para o Spam, disse isto por que outro dia, um comentário meu foi parar no Spam, no Blog da nossa amiga Taís Luso, ela me comunicou e passando um dia ou dois conseguiu recuperá-lo.Mas tenha certeza de que em momento algum pensei que não foi postado por sua vontade. Fique tranquila.
    Um grande abraço. e à sua mãezinha também.

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...