Quem
tem filhos pequenos em casa sabe o quanto a chegada de dezembro é comemorada.
Da montagem dos pinheirinhos a troca de presentes na noite de Natal, tudo é
festa, tudo é espera, tudo é expectativa.
Foi
assim para nossa família no ano que passou. Com um pequeno diferencial: nosso
dezembro começou em abril, no dia 20. Naquela
segunda-feira, nos foi anunciado, com quase 9 meses de antecedência, o melhor
presente de Natal de todos os tempos, e passamos a viver para recebê-lo.
O
anúncio veio em sonho: “Você está grávida”.
Assim mesmo, sem rodeios. Sem que eu fosse preparada para o que iria ouvir –
não havia tal necessidade. No sonho, me foi concedido o privilégio de ver a mim
mesma e acompanhar as expressões em meu rosto, conforme entendia as mudanças
que viveria a partir de então.
A
primeira reação foi de surpresa: boca aberta em O e olhos arregalados, tentando
assimilar a novidade. Estava a caminho meu quarto filho, e isso era incrível!
De imediato, veio a mente minha idade atual – mais pra lá do que pra cá rsrsrs
– e meu trabalho. Seria um bom momento para engravidar?!
Nada
falei, mas aquele que me trazia a boa nova leu meus pensamentos e respondeu: “Este é o tempo e está tudo preparado”.
Tais palavras preencheram minha alma, pois entendi que estava sendo abençoada
com o presente mais valioso que se poderia dar a alguém, e quem o dava a mim
era o próprio Pai Celestial! Vi meu rosto transformar-se de surpreso em
exultante, transbordando felicidade e gratidão. Aceitei meu bebê 4 de todo coração.
Ainda
no sonho, fiz as contas e concluí que o bebê nasceria em dezembro, próximo ao
Natal. Também observei que permaneceria em licença maternidade até metade do
ano seguinte, e que seria maravilhoso passar esse período em tempo integral com
minhas crianças, incluindo as férias escolares do trio. De fato, era o momento
certo e tudo estava preparado.
Acordei
grávida. Não precisava de qualquer exame, sabia. Sentia. No final daquela
semana, começaram os enjoos. Na segunda-feira seguinte, uma semana depois do
sonho, providenciamos o teste de farmácia – apenas para confirmação. Lá estava
nosso presente de Natal, reafirmado em dois risquinhos.
Reunimos
o trio para contar a novidade. A reação foi semelhante a de torcida organizada em final de campeonato,
face a certeza de seu time campeão. Pulavam, vibravam e comemoravam a vinda de
mais um irmão. Para Sofia, era a oportunidade de passar o bastão de caçula e
tornar-se irmã mais velha, posto que sempre almejou. Para Gabriel, chegava o
terceiro dos dez irmãos que tanto nos pediu (rsrsrs). Para Arthur, estava a caminho a possibilidade de dedicar a
alguém totalmente dependente o amor que lhe sobrava no coração.
Não
houve para nós qualquer desconforto em relação a vinda de mais um bebê. Curiosamente,
as pessoas a nossa volta é que se sentiam desconfortáveis por nós! Taxados de
corajosos por uns, de loucos por outros, levamos todos os palpites numa boa,
com o melhor dos humores. Especializei-me, por exemplo, em responder a
pergunta: “É o último, né?” com a
afirmação: “Sim, é o último. Deste ano.
Para ano que vem, ainda vamos deliberar” rsrs.
O
problema não é o palpite NÃO solicitado das pessoas, mas a projeção de seus
valores pessoais sobre os nossos. Maioria demonstra preocupação com patrimônio
e esse seria SEU motivo para trazer poucos filhos ao mundo. Contudo, não é
motivo plausível para nós, que encontramos alegria genuína no meio desta
filharada e, modéstia a parte, nos esforçamos para criá-los com amor e em retidão. Acúmulo de bens
materiais jamais seria motivo para limitarmos o número de filhos que teremos,
pois praticamos o desapego e vivemos bem com pouco.
O susto
alheio já não nos incomoda. Provavelmente, até a chegada do bebê 10, as pessoas
assimilem que amamos cheirinho de neném em casa, damos conta de acordar várias vezes na
madrugada e, para nossos dias futuros, ao invés de contar imóveis, sonhamos
contar netos e bisnetos em volta da mesa, nos almoços de família. Eis o que
consideramos tesouro e onde está nosso coração.
Assim,
o anúncio de um neném a caminho foi
motivo de festa e encantamento para
todos nós. Sabíamos que seria uma gestação especial, acompanhada desde o
princípio por simbologias: nosso bebê do Natal nos foi anunciado, ele nos
visitou diversas vezes em sonhos. Além disso, a data provável de sua chegada
coincidia exatamente com a Noite Santa, quando o mundo celebrava o nascimento
do Salvador Jesus Cristo. Que alegria, que honra para nós!
De
fato, os primeiros sinais de nascimento de nosso filho vieram no dia 24/12/2015
e se estenderam ao longo da noite de Natal, motivo pelo qual acrescentamos o
nome Emanuel, que significa Deus Conosco, ao primeiro nome, Felipe, escolhido
em consenso pelo trio de irmãos. Sem qualquer dúvida, um dos pontos mais
marcantes do nascimento de Felipe
Emanuel foi a sensação de meu Pai Celestial comigo todo o tempo, me
fortalecendo para que trouxesse lindamente meu filho ao mundo.
Em
27/12/2015, chegou o tão amado bebê do Natal. O menininho anunciado. O presente
embrulhado em laços infinitos de amor.
Suzy Rhoden
Obs.: Este é o primeiro de uma série de textos que serão publicados nos próximos dias, apresentando meu RELATO DE PARTO e o quanto foi singular esta quarta gestação. O bebê do Natal enriqueceu meus dias de muitas maneiras, desejo compartilhar com meus leitores a experiência. Até a presente data o blog esteve inativo justamente para que eu pudesse viver intensamente minha história. Chegou a hora de contá-la! Coincidentemente, a data entre a última postagem (18 de abril de 2015) e esta (18 de janeiro de 2016) corresponde a 9 meses. Vivi também meu período de gestação literária e é uma alegria imensa retornar a algo que amo fazer: escrever e compartilhar meus escritos! Sejam todos os leitores muito bem vindos!
Destas duas gestações, a literária transborda em palavras o que os nove meses trouxeram de amor no desenvolvimento dessa nova vida!
ResponderExcluirAcompanhei toda a evolução pelas fotos mensais, e vibrei com o desfecho do parto que abriu as portas do mundo ao pequeno Felipe Emanuel, emocionando-me às lágrimas enquanto te lia relatando a vitória sobre todas as evidências, até encontrar o casal de médicos que embarcou no teu sonho, tornando-o real!
Parabéns pelo bebê de Natal, um viva! pelo regresso ao "lar das palavras sentidas"
Meu beijo e carinho!!
Suzy, adorei! Que coisa mais linda essa família! Parabéns pra todos pela chegada do Felipe Emanuel! Que coisa tão boa! E 4 é um número legal! O que aqui em casa também temos de filhos! Muiiiiiiito boa essa novidade e valeu a pena o recesso!
ResponderExcluirQuanto aos outros e suas perguntas, melhor não dar bola! Felicidades! bjs, chica
Adorei !😘
ResponderExcluirSuzytaaaaaaa!!!
ResponderExcluirQue lindo amiga!!!
Ameeeeeeeeei o primeiro relato!!! Quando vem o próximo? Vai demorar muito pra chegar no parto? rsrs. Ô ansiedade!!!
Claro que conheço os detalhes, mas lendo-os em texto tão primoroso me transporta às tuas vivências, como parte integrante dessa história de amor sublime!
Reforço as palavras da Dê, que delícia acompanhar toda a evolução desse Acontecimento com A maiúsculo que foi vinda do Felipinho ao mundo! Protagonizado pela mulher/mãe mais sábia que conheço!
Obrigada por esse privilégio que nos proporcionou... Torcemos, vibramos, comemoramos... Me senti avó à distância, babando na telinha rsrs
Novamente, parabéns! Por ele, pela família toda! Principalmente por vc ter conduzido tudo corajosamente, porém, serenamente na realização desse sonho!
Bjão pra vc!!!
Terei que voltar depois porque estou tomada de emoção e as palavras insistem em só marejar meus olhos de alegria!
ResponderExcluirBeijo.
Oi Suzy.
ResponderExcluirA sua confiança em Deus é encorajadora e exemplar. Estou feliz que volte a escrever aqui no blog, sempre me emocionei e até aprendi com seus escritos. Você é uma pessoa verdadeira e sábia. Felipe veio para brindar seu coração por tudo o que você tem construído principalmente em termos de uma admirável família. Um grande abraço e mais uma vez parabéns.
Que lindo!!! Me deu ainda mais vontade de ter um próximo bebê logo ♡ obrigada por compartilhar!
ResponderExcluirNossa que lindo seu relato! Ao ler parecia q estava me vendo! Pq também queremos 10 filhos!!! E amamos cheirinho de bebê em casa!!!
ResponderExcluirParabéns pelo relato!! *---*
Oi Suzy ;)
ResponderExcluirFamília linda e abençoada, parabéns!
Quanto ao número de filhos, ou a opção de não tê-los,
cabe somente ao casal, mas o povo não perde o costume de
dar palpites!rs
Que bom que você retornou à blogosfera,
sempre um prazer ler suas crônicas!
Beijos \o/